GÔIKO BÔJOVITCH
( SERVIA )
( PLYEVYE, 1972 )
Poesia Sempre Número 29 • Ano 15 / 2008 Editor: Marco Lucchesi. Rio de Janeiro: Fundação BIBLIOTECA NACIONAL, 2008. 227 p.
Exemplar biblioteca Antonio Miranda
Na terra de ninguém
Naqueles dias quando nada esperas,
Quando voz alguma poderia alegrar-te,
Se tivesse energia para chegar de quem quer que fosse,
Naqueles dias quando todos os livros
Parecem oportunidades desperdiçadas,
E as conversas são adiadas ou são conduzidas
De tal modo que não se pensa no outro,
Naqueles dias quando não te surpreenderias com coisa alguma,
Nem com o som tranquilo nem com as cenas fixadas,
Enquanto buscas imaginar o tempo,
O longo tempo de que desesperada e habitualmente não dispõe
Na terra de ninguém, na terra espremida.
Distante daquele que pareces ser.
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Página publicada em setembro de 2024
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